Banco Central fixa Selic em 6%: menor taxa de juros da história
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu, nesta quarta-feira (31), cortar a taxa básica de juros da economia de 6,50% para 6,00% ao ano — o menor patamar histórico.
A redução foi maior do que o esperado pelo mercado. E trata-se do décimo terceiro corte na Selic desde quando a taxa atingiu o pico de 14,25% ao ano (entre julho de 2015 e outubro de 2016).
O caminho para a redução dos juros foi pavimentado por uma mistura de fatores: fraqueza persistente nos dados de atividade econômica, inflação controlada e reforma da Previdência aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados.
Quando a taxa básica de juros estava em dois dígitos, era possível ter alta rentabilidade nos investimentos de renda fixa facilmente. Hoje, os investidores precisam se empenhar mais para encontrar bons retornos. A diversificação nunca foi tão importante.
Com a Selic em 6% ao ano, investimentos de renda fixa como poupança, CDBs com taxas pós-fixadas, fundos DI e títulos do Tesouro Selic pagam menos, já que seu rendimento é atrelado à taxa Selic ou à taxa DI, muito próxima da taxa básica de juros.
A seguir, veja uma simulação de quanto 5 mil reais rendem na poupança, em um CDB, em um fundo DI ou no Tesouro Selic, em diferentes prazos. Os cálculos foram feitos por Michael Viriato, coordenador do Laboratório de Finanças do Insper.
Na simulação, a taxa básica de juros se mantém em 6% ao ano por todo o período do investimento. Os valores da simulação já descontam o Imposto de Renda, cobrado em todas as aplicações, exceto na poupança, que é isenta.
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