Ela acionou a Polícia Militar, mas, enquanto estava ao telefone, ele pegou um revólver calibre .32, apontou para a ela e apertou o gatilho duas vezes. A arma, no entanto, não disparou. Segundo ela, ele então apontou a arma para o filho de 8 meses e também puxou o gatilho, no entanto, outra vez falhou. Ela tentou se defender e, ao bater no revólver, sofreu um leve ferimento no dedo da mão direita. Outro filho da jovem tentou intervir, puxando a camisa do padrasto para impedir as agressões.

Após o incidente, ele saiu do quarto e foi para fora da residência. Ela aproveitou para trancar a porta e ligar para a mãe dele, relatando o ocorrido. Quando a Polícia Militar chegou ao local, encontraram a vítima bastante assustada, segurando o bebê no colo, e o homem dentro de um veículo Fiat Strada, estacionado em frente à casa. Ele foi abordado e preso em flagrante, mas negou as acusações de ameaça e posse de arma de fogo.

Durante as buscas na residência, a polícia não encontrou a arma, mas, com o apoio da equipe ROCA (Rondas Ostensivas com Cães), o cão de detecção Kratus indicou a presença de um objeto escondido em um lote vago próximo à casa. Foi encontrado um revólver calibre .32 com uma munição picotada (percutida, mas não deflagrada). Além disso, os policiais localizaram uma balança de precisão com resquícios de uma substância semelhante à maconha.

Ele foi levado para a delegacia de plantão da Polícia Civil, onde foi autuado por tentativa de feminicídio contra a mulher e tentativa de homicídio contra o próprio filho de apenas 8 meses. Ele foi informado de seus direitos constitucionais e permanece sob custódia. A vítima, por sua vez, demonstrou interesse em solicitar medidas protetivas contra o companheiro.

O caso serve como um alerta para a gravidade da violência doméstica e a importância de denunciar agressões. A falha da arma evitou a tragédia. A polícia segue investigando o caso para apurar todos os detalhes.

 Farley Rocha/Patos Hoje