Pais do Dudu relembram dificuldades durante a campanha e agradecem apoio: “A ficha ainda não caiu”
Eles relembraram a luta durante esses meses e agradeceram o apoio.
A família do Eduardo Amaral, de 2 anos, carinhosamente chamado de “Dudu”, vive um momento de festa. Após quase nove meses de muito esforço, eles conseguiram arrecadar os R$18 milhões para custear o tratamento do garotinho. Dudu foi diagnosticado com a Paraplegia Espástica Hereditária 50 (SPG50), uma doença ultrarrara. O Patos Hoje conversou com Paulo Amaral e Débora Amaral, pais do Dudu, na manhã desta terça-feira (10). Eles relembraram a luta durante esses meses e agradeceram o apoio.
A meta foi alcançada na tarde de sexta-feira (6). Debora contou que a família estava em casa normalmente, quando Paulo verificou o celular e viu que havia caído uma doação expressiva, o suficiente para atingir os R$18 milhões. Segundo a mãe, a família ficou em estado de choque com a notícia e a ficha ainda não caiu. O pai contou que a família pôde descansar melhor o final de semana, que foi de bastante reflexão.
A campanha “Cura para Dudu” começou no final do mês de setembro do ano ado. Paulo contou que foram meses de muitas dúvidas se “iriam ter forças para seguir”, mas que felizmente o apoio foi muito grande, não atingindo apenas a população de Patos de Minas, mas de todo o país. Artistas e políticos ajudaram a divulgar a campanha durante os nove meses.
Débora relembrou as maiores dificuldades enfrentadas durante a campanha. A mãe destacou a incerteza foi o fator mais complicado durante, além da grande exposição nas redes sociais, segundo Débora, a família sempre foi muito discreta.
A família virou uma página no tratamento do Dudu, agora o próximo o é o tratamento. Paulo contou que agora atua no processo de câmbio de real para dólar. O dinheiro, que foi arrecadado para uma conta do Rotary de Carmo do Paranaíba, será transferido para a indústria responsável pela produção da medicação. Em seguida, a empresa responsável pelo tratamento recolhe as doses e informa para FDA, que é a responsável por fiscaliza os medicamentos nos Estados Unidos, assim como faz a ANVISA no Brasil.
Ao final, a FDA autoriza o hospital a iniciar o tratamento. A partir de então, os médicos responsáveis irão fazer a chamada das oito crianças que fazem parte do grupo para o tratamento. Apenas uma criança será chamada por mês, devido à complexidade da SPG50. Paulo explicou que ainda não foi informada qual será a ordem de chamada, mas que está na expectativa de que seja chamado o mais breve.
O pai também explicou que os R$18 milhões são para custear o tratamento das oito crianças. Paulo contou que, durante três anos, irão viajar para os Estados Unidos para o tratamento do Dudu, na primeira viagem ficarão por quatro meses, com retornos de três em três meses. Nos últimos dois anos, o retorno acontecerá de seis em seis meses. O pai explicou que a família irá arcar com os custeios das viagens.
Ao final da entrevista, os pais agradeceram o apoio recebido durante a campanha.
Diego Natanael/Patos Hoje