22/01/2025

Ponte intransitável há 15 dias revolta assentados do Campo Grande, que cobram ação da Prefeitura de João Pinheiro

Secretaria de istração contesta isolamento total e afirma que providências estão sendo tomadas

Os moradores do Assentamento Campo Grande, que fica cerca de 115 quilômetros de distância da cidade de João Pinheiro, seguem cobrando providências da prefeitura após a cabeceira da ponte sobre o Rio Verde ceder, impossibilitando o tráfego pelo local. O problema, que já dura 15 dias, tem dificultado o deslocamento da comunidade, que agora precisa percorrer um desvio por dentro de uma fazenda, aumentando significativamente a distância até a cidade.

 

A queda da cabeceira aconteceu durante as fortes chuvas que atingiram o município no dia 5 de janeiro, deixando a estrutura comprometida. Moradores relatam dificuldades para sair da comunidade e afirmam que a situação tem causado transtornos diários, principalmente para quem precisa trabalhar ou vir à João Pinheiro por alguma emergência. A rota alternativa é ando por uma propriedade rural de um morador da região chamado Vicentão.

 

A revolta dos moradores do Assentamento Campo Grande aumentou após a divulgação de um áudio atribuído ao prefeito Gláucon Cardoso nas redes sociais, no qual ele sugere que os próprios moradores providenciem pranchões e que a prefeitura auxiliaria na realização de um aterro como solução paliativa para o problema. O comentário gerou indignação entre os assentados, que consideram inaceitável que parte de uma obra de responsabilidade da istração municipal seja deixada a cargo da comunidade.

Na semana ada, o JP Agora entrou em contato com a Prefeitura Municipal, que afirmou que a geografia do local impossibilita a criação de um desvio alternativo. A istração também informou que todo o levantamento dos materiais necessários já foi realizado e que um processo licitatório está em andamento, uma vez que a empresa contratada anteriormente não quis aditivar o contrato.

 

A reportagem apurou ainda que, em situações emergenciais como essa, a Lei 14.133/2021 permite a dispensa de licitação, desde que a contratação seja estritamente necessária, transparente e concluída em até um ano. Assim, a prefeitura tem respaldo legal para agir com mais rapidez e solucionar o problema sem a necessidade de aguardar todo o trâmite burocrático de uma licitação convencional.

 

Os moradores seguem aguardando uma solução definitiva para o ime, enquanto cobram uma resposta mais ágil do poder público.

 

Nikolas Pimentel/JP Agora
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